Não se fala de outra coisa, ultimamente. Diz-se que quem melhor gere as expectivas é bem capaz de ser mais feliz, ou pelo menos deixa de ser alvo fácil dos efeitos secundários das mudanças radicais de moods, ondas, feelings, sintonias e afins, a que todos estamos sujeitos num simples piscar de olhos. Admito sentir-me, ainda, uma aprendiz no processo. Talvez esteja incluída na espécie em extinção que deixa fluir, com todos os prós e contras associados.
Gosto de gerir o meu trabalho, às vezes os meus dias e até as minhas viagens. Mas gerir expectativas em relação às pessoas? Seria mais seguro, sim. Sempre que deixei fluir acabei por me desiludir – lá está: porque essas tais perspectivas, probabilidades ou possibilidades de coisas boas, por sinal, nem sempre o são. Há quem se sinta afrontado, invadido, amedrontado, quando nos aproximamos sem ter o manual das expectativas bem decorado.
Ser frontal não está ao alcance de todos, muito menos lidar com quem respira essa atitude. Valerá a pena correr o risco? Acredito que sim. Umas das melhores frases que ouvi, até hoje, foi: “eu quero criar expectativas”. Ainda há esperança afinal…